Teatro Municipal de São Paulo

Ah… Mas ir ao teatro ouvir um concerto no Teatro Municipal é coisa para gente rica né…Certo…
ERRADO!!!!
Depois de um jejum prolongadíssimo, tive a ideia de fuçar a programação e achei um concerto para o dia 17/12/2017. Um pequeno concerto com 5 ou 6 partes de óperas famosas por R$ 6,00. Não… você não leu errado… Sim!! R$ 6,00 (não R$ 60,00) o ingresso. O que você consegue fazer hoje em dia por esse valor?
A volta ao teatro foi um achado e serviu para celebrar em alto estilo meu 50º aniversário e o melhor de tudo: baratésimo!!!!
Costumava frequentar nos tempos de solteira, alternando a companhia entre minha velha e querida amiga Solange, dos tempos da Faculdade ou da minha mãe. As únicas que se dispunham a me acompanhar e também por causa do gosto. Não são (infelizmente) todas as pessoas que gostam desse tipo de música e de espetáculo. Bom… gosto não se discute…
Além de apreciar o espetáculo em si, vale só pela visita a esse belo ícone da arquitetura e de quebra revisitar o centro velho de São Paulo.
História:
Retirando daqui
“O Theatro Municipal surgiu no início do século 20 pelos anseios da cada vez mais refinada alta sociedade paulistana, com recursos provenientes do ciclo do café, que desejava uma casa de espetáculos para receber grandes artistas da música lírica e do teatro.
Com investimentos fiscais e dos barões do café, o arquiteto Ramos de Azevedo e os italianos Cláudio Rossi e Domiziano Rossi iniciaram a construção em 1903 e, em 12 de Setembro de 1911, o Theatro Municipal foi aberto diante a uma multidão de 20 mil pessoas.
A luxuosa construção, fortemente influenciada pela Ópera de Paris, com traços renascentistas e barrocos na fachada e, em seu interior, muitos adornos e obras de arte: bustos, bronzes, medalhões, afrescos, cristais, colunas neoclássicas, vitrais, mosaicos e mármores.
Pelo palco do Theatro Municipal passaram as mais importantes companhias artísticas da primeira metade do século 20, que trouxeram a São Paulo nomes como Enrico Caruso, Beniamino Gigli, Mario Del Monaco, Maria Callas, Renata Tebaldi, Bidu Sayão, Arturo Toscanini, Camargo Guarnieri, Villa-Lobos, Francisco Mignoni, Magdalena Tagliaferro, Guiomar Novaes, Pietro Mascagni, Ana Pawlova, Arthur Rubinstein, Claudio Arau, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, Isadora Duncan, Margot Fonteyn, Nijinsky, Nureyev, Baryshnikov, dentre muitos outros.
O Theatro foi também cenário de um dos principais eventos da história das artes no Brasil, a Semana de 22, que entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 reuniu um grupo de jovens artistas que questionou os valores da arte e da cultura vigentes, nos campos da música, da escultura, pintura, poesia e literatura. Neste grupo estavam Mário e Oswald de Andrade, Heitor Villa-Lobos, Víctor Brecheret, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Plínio Salgado, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida e outros que deram início ao movimento modernista brasileiro.
Nos mais de 100 anos de história, três grandes reformas marcaram as mudanças e renovações no Theatro. A primeira delas, em 1954, criou novos pavimentos para ampliar os camarins, reduziu os camarotes e instalou o órgão G. Tamburini; a segunda, de 1986 a 1991, restaurou o prédio e implementou estruturas e equipamentos mais modernos.
Para celebrar o centenário, passou pela terceira reforma, que restaurou o edifício e modernizou o palco sem, entretanto, resolver os problemas de estrutura e espaço nos camarins e salas de ensaio, solucionados somente com a construção e inauguração da Praça das Artes, que em 2013 passou a abrigar os grupos artísticos do Theatro e as escolas municipais de música e dança.”
O espetáculo que a gente assistiu foi um dos concertos dominicais, normalmente às 12 horas, a preços populares. E adivinhe: a sala estava bem cheia.
Para esses casos, você pode chegar uma hora antes e comprar os bilhetes.
Como eu sou sempre meio exagerada, prefiro comprar os ingressos antes e reservar um lugar que eu goste.
De novo, isso vai de gosto, mas eu particularmente gosto do Setor do Balcão Nobre, um pouquinho mais para o centro, não tanto nas extremidades. Explico: você fica bem pertinho do palco, pega nuances dos músicos, do maestro, dos cantores, mas ainda assim tem uma visão geral do espetáculo.

Nossa visão do palco, de onde estávamos. Nas frisas do Teatro Municipal. Mais precisamente, na frisa 12
Experimentei desta vez as frisas, é legal porque é um setor reservado, para cinco pessoas só (#camarotefeelings) mas as legendas que aparecem na parte superior do palco não ficam visíveis para quem está mais para o lado do palco ou para as cadeiras que ficam atrás. Não comprometeu a experiência, mas fica a dica aqui.
Mas chegue antes para andar pelos espaços, tirar fotos, observar os detalhes dos quadros, dos adornos, dos cristais e também para olhar o entorno lá de cima. O antigo Mappin… sim… sou dessa época…(agora o Shopping Light), o Viaduto do Chá, a Praça Ramos (agora revitalizada).
E antes que eu esqueça, preciso contar que o Ogro adorou a experiência.
Sinal dos tempos (e da idade se aproximando). E vamos voltar novamente para o Concerto de Natal, ainda nesta semana.
Para quando você for
Site
Como Chegar
Endereço: Praça Ramos de Azevedo s/n
Perto do Metrô Anhangabaú ou República
Há estacionamentos perto, mas a dica aqui é vir de metrô mesmo. Os estacionamentos cobram caro, cerca de R$20,00 .Há o estacionamento indicado pelo Teatro:
Estacionamento na Praça das Artes
O público que visita o Theatro pode usar o serviço de estacionamento da Praça das Artes (acesso pela rua Conselheiro Crispiniano, 378.)
Valores: em dias que não há evento: das 7h às 22h: R$ 7,00 por 1/2 hora; R$ 15,00 na primeira hora e R$ 22,00 por até 12 horas; em dias de evento na Praça das Artes e no Theatro Municipal: R$ 25,00 a partir das 15h; aos domingos, o estacionamento funciona somente em dias de evento e permanece a tabela de R$ 25,00. Aceita todos os cartões das bandeiras VISA e MASTERCARD.
O estacionamento é administrado pela empresa Indigo.
Horário de funcionamento: de segunda a sábado, das 7h às 22h; em dias de evento na Praça das Artes e no Theatro Municipal, o estacionamento funciona até 1h após o término do espetáculo.
Vagas: 180 vagas, com oito vagas reservadas para idosos e seis vagas reservadas para portadores de necessidades especiais.
Programação
Bilheteria

Um dos lindos vitrais no Teatro Municipal de São Paulo (pena que a foto ficou bem ruim)
Achei bem bacana algumas coisas que eu não sabia que existem agora:
Visitas educativas:
Inscrição individual presencialmente no guichê ao lado da bilheteria, uma hora antes do horário da visita, por ordem de chegada.
Vagas limitadas
Entrada franca
Duração: aproximadamente 1 hora.
Horários:
Terça a sexta-feira: 11h, 15h e 17h
Sábado: 14h e 15h
Visita inglês:
Terça a sexta-feira: 11h
Sábado: 12h
*** O roteiro e os horários podem sofrer alterações de acordo com a programação artística.
Grupos (10 até 50 participantes)
Agendamento prévio via email (tmeducativo@institutoodeon.org.br)
Indicação etária: a partir dos 10 anos
Entrada franca
Duração: aproximadamente 1 hora.
Horários:
Terça a quarta-feira: às 10h e 13h30
Quinta-feira: às 10h
Sexta-feira: 10h e 13h30
Sábado: às 10h
Para mais informações:
T +5511 3053 2092/2093
tmeducativo@institutoodeon.org.br
ATENÇÃO
Não há visitação às segundas-feiras e aos domingos.
**A entrada na Sala de Espetáculos, de grupos e público individual, está condicionada à agenda de programação artística.
Restaurante
Santinho – Theatro Municipal de São Paulo
Praça Ramos de Azevedo, nº 01 – República – Theatro Municipal de São Paulo
Telefones: 11 3222-1683 e 3221-8061
Email para reservas: tm.reservas@restaurantesantinho.com.br
Capacidade: 82 lugares
Site oficial: Restaurante Santinho
Preços
De segunda a sexta: R$ 56 (por pessoa, não inclui sobremesa).
Crianças até 4 anos não pagam (desde que acompanhadas de um adulto, até 2 crianças por adulto).
Crianças de 05 a 10 anos pagam 50%.
Horário de funcionamento
Segunda a sexta-feira, das 10 às 17 horas (exceto dias de espetáculos, quando o restaurante fecha às 16 horas).
Buffet de almoço: das 12 às 15 horas.